quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vaidade e gravidez...

É embaçado viu? Esse negócio de gravidez mexe muito com a gente de todas formas, fisícamente nem preciso falar, bom, agora estou quase com 8 meses de gestação e me sentindo verdadeiramente uma bola. A preocupação com corpo parece que aumenta, afinal, e pele esticando, o medo da estria, a alimentação mais adequada para a saúde do bebê e para que o nosso corpo volte a forma antiga, ou até melhor, com umas curvinhas a mais; engraçado mais as vezes me sinto mais linda do que qualquer modelo, em outros momentos me acho aquele bagulho master, e nessas horas o que mais quero é me cuidar, afinal com tantas clinicas de estética, produtos e profissionais... eis que surge o dilema, grávida pode o que? Pesquisei algumas coisas, para que nessa fase tão sublime de nossas vidas possamos irradiar nossa alegria e beleza...


Posso  descolorir os pelos do corpo, tem problema fazer isso grávida?
Como ainda não há muita pesquisa sobre o assunto, e portanto faltam provas científicas de que há ou não riscos, muitos obstetras optam pela cautela e recomendam que suas pacientes não usem descolorantes químicos nos pelos durante a gestação. Alguns deles contêm amônia na fórmula, substância potencialmente tóxica que poderia entrar na corrente sanguínea e provocar más-formações no feto (mesmo motivo que leva médicos a desaconselhar certos produtos para tingir o cabelo). No caso de realmente desejar descolorir os pelos, lave bem a área com água fria antes para fechar os poros e procure usar o produto pelo mínimo de tempo possível. Não se esqueça também de ficar em um local bem ventilado. Mulheres que têm os pelos não muito escuros conseguem clareá-los naturalmente passando chá de camomila durante alguns minutos, sob o sol.
No caso de descolorir o cabelo, valem as mesmas recomendações. Se você quiser mesmo fazer reflexo ou mechas com descolorantes, peça ao profissional que evite o contato do produto com o couro cabeludo (usando aquela touca com furinhos, por exemplo).

Fazer escova progressiva grávida pode causar algum problema??
Muitos médicos acreditam que o melhor é evitar esse tipo de alisamento de cabelo, principalmente no primeiro trimestre de gestação, fase crucial na formação dos órgãos do feto. A escova progressiva e outros tipos de tratamentos químicos para alisar os cabelos são procedimentos feitos com produtos que quase sempre contêm doses variadas de formol, uma substância apontada como cancerígena pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A realidade é que não estudos e evidências científicas sobre a segurança desse tipo de alisamento na gestação, então nunca é demais adotar o máximo de cautela e esperar um pouco mais para ter aquele cabelo lisinho e brilhante de comercial de televisão. "Como os produtos são aplicados a partir do couro e teriam um potencial maior de absorção na gestante, parece mais seguro não utilizar este processo durante a gravidez", afirma a obstetra Rosa Maria Ruocco, do Hospital das Clínicas de São Paulo, mais incisiva ao desaconselhar o procedimento.
Além do problema da absorção dos componentes da fórmula pela pele, os vapores químicos que se espalham no ar no momento da aplicação não devem ser aspirados pela gestante, porque podem ser prejudiciais ao bebê.
Quem trabalha em salão de beleza e está grávida deve conversar com o obstetra para ver o que é possível fazer para não ter contato com esses vapores, e usar sempre luvas ao manusear produtos. Tenha cuidado mesmo com os métodos mais recentes, como as chamadas escovas de chocolate ou de frutas, porque elas também podem conter formol e ser igualmente tóxicas.
De acordo com a Vigilância Sanitária (Anvisa), agência do governo que regulamenta esse tipo de produto, o formol só é permitido na cosmética agindo como conservante (concentração inferior a 0,2%, a qual não tem poder alisante).
Existem produtos certificados pela Anvisa para alisamento capilar sem formol, à base de carbonato de guanidina, por exemplo, mas eles devem ser analisados caso a caso pelo obstetra.

Grávida pode fazer depilação? (com cera quente ou fria, cremes depilatórios etc)
De modo geral e se for com cera, pode sim, desde que você não seja sensível demais à dor extra que poderá sentir. Isso porque as grávidas têm um maior fluxo de sangue correndo pelo corpo, especialmente na área vaginal, e podem sofrer mais que de costume na hora da depilação.
"Tanto a cera quente como a fria não vão fazer mal para a mãe ou para o bebê, mas é preciso tomar bastante cuidado com as condições de higiene do local onde a mulher se depila, porque, isso sim, pode ser fator transmissor de doenças", afirma a obstetra Daniela Maeyama, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Para evitar problemas, certifique-se de que a cera usada em você não é reaproveitada de outras clientes (mesmo que seja quente) e que todo o material utilizado seja descartável. A doutora Daniela recomenda às suas pacientes que evitem os cremes depilatórios, porque eles são produtos químicos mais fortes, que podem conter amônia na fórmula e passar para a corrente sanguínea da mãe e, consequentemente, para o bebê em desenvolvimento. Usar lâmina de barbear também pode, mas tenha em mente que durante a gravidez há mais probabilidade de você ter pelos encravados, que podem incomodar bastante. Procedimentos de depilação definitiva, como os com laser ou eletrólise, são em princípio seguros, mas não são aconselháveis durante a gestação, porque a mudança hormonal pode provocar o escurecimento da pele no local das aplicações. Outras técnicas, que envolvem a inserção de produtos químicos no local onde o pelo crescia, não são aconselhadas.

Grávida pode tomar sol e fazer bronzeamento artificial?Para muitos especialistas, não é boa idéia se bronzear -- seja à luz do sol ou artificialmente -- independentemente de se estar grávida ou não. Apesar de bonito, o bronzeado nada mais é do que uma tentativa da pele de se proteger dos raios ultravioleta, responsáveis por intensificar os efeitos do envelhecimento e também por aumentar o risco de um câncer de pele.
No caso específico das gestantes, a pele já está mais sensível e suscetível a queimaduras em razão do maior nível de estrogênio e o chamado hormônio melanocítico, que aceleram a pigmentação da pele. Há também risco de aparecerem manchas que nem sempre podem ser removidas depois do parto.
"Pedimos que as mulheres se protejam ao máximo da luz solar, com protetores de alta eficiência, chapéus e sem expor a pele diretamente", afirma a obstetra Rosa Maria Ruocco, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Óculos escuros desses bem grandões também são um bom recurso para proteger o rosto, junto com o filtro solar (que deve ser usado sempre, mesmo para quem fica dentro de ambientes internos).
Há grávidas que desenvolvem manchas escuras no rosto, conhecidas como cloasma, o que é sinal de que a pele reage mais do que o normal à luz solar e é preciso preservá-la. Cloasmas podem piorar tanto com o bronzeamento natural como com o artificial. Outro ponto negativo da exposição ao sol por muito tempo é o risco de uma desidratação, algo ruim para a mulher e o bebê. Em relação ao bronzeamento artificial, em camas ou cabines, a verdade é que este é um recurso relativamente recente e há pouca pesquisa sobre seus efeitos na gravidez. Não há também estudos conclusivos sobre como a exposição ao sol ou aos raios ultravioleta afetam o feto. Alguns trabalhos ainda preliminares indicam que pode haver ligação entre a exposição a raios ultravioleta e uma deficiência de ácido fólico. Isso porque o ácido fólico pode ser decomposto em partes menores pela luz solar intensa. Nas primeiras semanas da gravidez, às vezes até antes de a mulher saber que espera o bebê, os níveis elevados de ácido fólico no corpo ajudam a prevenir defeitos do tubo neural no embrião.
O mais sensato é evitar o bronzeamento artificial até que haja mais evidências sobre seus efeitos no corpo e certeza de que não há riscos. Aproveite para caminhar ou relaxar ao ar livre, privilegiando o sol do começo da manhã e do fim da tarde e mantendo-se bem hidratada, com muita água, água de coco ou sucos naturais.
Se você não se aguenta mesmo de vontade de ficar mais morena, o jeito é apelar para as loções autobronzeadoras, só tomando cuidado para fazer um teste em um pequeno pedaço da pele antes de passar no corpo todo (mesmo que já tenha usado o produto antes, já que a pele na gestação fica mais vulnerável a irritações). Use o produto com moderação, acompanhando bem os resultados, pois na gravidez a pele mancha mais fácil, e você pode acabar se bronzeando de forma desigual.

É verdade que grávida não pode pintar o cabelo?Apesar de este ser um daqueles assuntos que desperta enorme curiosidade entre as futuras mamães, ainda não há pesquisas sólidas que indiquem se as tinturas para cabelo são ou não prejudiciais ao feto. Por esse motivo é impossível ter uma resposta única para a questão, já que cada obstetra pode orientar sua paciente de um jeito diferente. Dito isso, como o que se sabe é que existem, sim, substâncias consideradas tóxicas na formulação das tintas, como a amônia, por exemplo, não custa nada pecar pelo excesso e tentar esperar o máximo possível para voltar a pintar os cabelos. A obstetra Rosa Maria Ruocco, do Hospital das Clínicas de São Paulo, aconselha que não se tinja os cabelos pelo menos no primeiro trimestre da gestação, por esta ser uma fase de maior formação dos tecidos e órgãos fetais. Para ela, "de preferência, o bom é esperar até 20 semanas". A médica também tem algumas dicas para quem não está aguentando o visual de sempre ou os cabelos brancos: usar tonalizantes (que têm curta duração), luzes e reflexos -- por serem produtos que não tocam o couro cabeludo, eles podem ser aplicados a partir da segunda metade da gravidez com maior segurança. "Também aconselho a hena pura, que parece não ter influências sobre o desenvolvimento fetal", diz a obstetra.

 

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